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poesia visual
O Pescoço da Girafa
Viviane Fuentes
Massao Ohno Editor
Formato Livro Clássico
45 pgs
1996
R$25,00
comprary

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A TRILOGIA FÁLICA DE VIVIANE FUENTES

Nonsense, elementos do concretismo, muito humor e erotismo estão presentes na Trilogia Fálica de Viviane Fuentes

Um encontro em 96 com o editor Massao Ohno - que lançou livros de Hilda Hist e dos irmãos Campos - foi o ponto de partida para que Viviane Fuentes desse início à concretização de seu projeto poético-visual intitulado "trilogia fálica". Escolhendo para seus poemas o caminho do humor e da brincadeira visual com o som das palavras, a autora que estreou com "O Pescoço da Girafa" (editado em 96, 45 pgs) depois lançou "A Tromba do Elefante" (editado em 98, 97 pgs) que esteve na 15ª Bienal Internacional do Livro - e fechou com "A Língua do Tamanduá" (editado em 99, 47 pgs).

Enquanto busca de sons, a trilogia segue uma estrutura, na qual a autora tenta roteirizar visualmente as poesias, página por página. Se em "O Pescoço da Girafa" os poemas se entrelaçam com a partitura da valsa "Aurora Nascente" composta especialmente pelo saxofonista Mané Silveira, em "A Tromba do Elefante" existem as figuras dos pés, como quer a autora, "fortes como o de um elefante, porém capazes de tamanha delicadeza que se tornam poesia". Em "A Língua do Tamanduá", uma videoteca muito peculiar, como a autora chama, está a disposição dos cinéfilos, poesias se esparramam pelo livro, com títulos como Filme Nacional, Filme Europeu, Filme Publicitário..., lembram haicais, pela rapidez da informação poética.

Viviane no primeiro livro buscou o som das palavras, no segundo a diversão com elas, e no terceiro quer alimentar-se delas, do ar, das imagens associadas à poesia. O erotismo é explícito, temas como orgasmo, sexualidade de um adolescente, são abordados de maneira tênue em divertidas poesias. Mas "A Língua..." não pára aí, há também interativismo, Viviane sugere ao leitor montar a poesia já escrita. Para ela, o fechamento de sua trilogia firma a importância do leitor em sua criação, é ele quem termina ou infinda a poesia recriando-a, diz a autora, eu apenas a preparo. Para quem se habilita a diversão com palavras, já no prefácio de "A Tromba..." Viviane propõe: "que tal brincar de quebra-cabeça ao final da trilogia fálica?" Pois então, aí está a oportunidade.